04 agosto 2006

Exilado


Enquanto a porta bate eu não canto
Enquanto parte o carro eu não piro
Me seguro no som do vizinho
E acho bom qualquer coisa e respiro.
No escuro não vejo o relógio
E acho bom devorar chocolates
A certeza da vida é a morte
Arrancada a porta não bate.
Meu pequeno oásis segura
Para que não me encontre a loucura
Amontôo bilhetes, retratos
Queimarei de uma vez nossa história
Prá ter fé e perder a memória
Que amor terminado é tortura
Eu prefiro viver exilado.

by Adília Quintelas

Um comentário:

Anônimo disse...

q coisa linda esse blog! unir versos! adília e rodrigo, o trabalho de vocês está lindo, quanta beleza ao olhar o mundo... já linkei vocês no diário, beijo grande e até breve!