03 março 2010

Conto de faltas

Tarde demais para escrever poemas de amor
Não tinha príncipe nem sapo
Só um farrapo que embolorou
Soprava um vento sul forte
Que levou meu sonho para o Norte
E o meu eu sem Norte ficou
A canoa quebrada afundou
Fiquei com remos inúteis
Os dias ficaram fúteis
Nem choro nem vela
Nem fita amarela
Pra enfeitar o buquê que murchou.

Adília Quintelas

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