feito fenda que se rasga
nos tecidos da tua fala
o que foi dito não escrito
no poema que se cala
feito vida que se apaga
feito luz de sol na sala
o que omito e acredito
já não vale nem a chaga
09 março 2010
luneta
nalguma lua
a grav(idade)
se anula
despe
do corpo
imenso peso
mantém
o espírito aceso
desperta alma
leve nua
caso
o poeta a possua.
a grav(idade)
se anula
despe
do corpo
imenso peso
mantém
o espírito aceso
desperta alma
leve nua
caso
o poeta a possua.
04 março 2010
Ei,
alguém me viu passar por aí?
Está difícil me encontrar nestes tempos modernos, onde tudo são contas a pagar. Cada imagem, cada coisinha e até os sorrisos veem com um cifrão em cima...A melhor amiga fica sendo a calculadora e o maior inimigo: o calendário.
Se alguém me viu passar, me dê notícias, que eu estou com saudades.
beijos
Adília
alguém me viu passar por aí?
Está difícil me encontrar nestes tempos modernos, onde tudo são contas a pagar. Cada imagem, cada coisinha e até os sorrisos veem com um cifrão em cima...A melhor amiga fica sendo a calculadora e o maior inimigo: o calendário.
Se alguém me viu passar, me dê notícias, que eu estou com saudades.
beijos
Adília
03 março 2010
Conto de faltas
Tarde demais para escrever poemas de amor
Não tinha príncipe nem sapo
Só um farrapo que embolorou
Soprava um vento sul forte
Que levou meu sonho para o Norte
E o meu eu sem Norte ficou
A canoa quebrada afundou
Fiquei com remos inúteis
Os dias ficaram fúteis
Nem choro nem vela
Nem fita amarela
Pra enfeitar o buquê que murchou.
Adília Quintelas
Não tinha príncipe nem sapo
Só um farrapo que embolorou
Soprava um vento sul forte
Que levou meu sonho para o Norte
E o meu eu sem Norte ficou
A canoa quebrada afundou
Fiquei com remos inúteis
Os dias ficaram fúteis
Nem choro nem vela
Nem fita amarela
Pra enfeitar o buquê que murchou.
Adília Quintelas
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